Alinhada com a preocupação, hoje global, em relação à poluição e desejando fazer algo em favor do Meio Ambiente, a Guindastes Tatuapé estabeleceu uma meta de restringir radicalmente a emissão de poluentes durante suas atividades. Para tanto, estabeleceu o “Programa Carbono Zero”, que engloba todas as ações da empresa relacionadas à gestão do carbo-no, desde a definição de fontes emissoras até a oferta de iniciativas de neutralização de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). O programa está formatado em três grandes pilares: “Captar, Medir, Transformar”.
Sob coordenação do Departamento da Qualidade da empresa, estão sendo monitoradas sistematicamente as emissões de CO2 geradas por equipamentos e veículos, buscando reduzir as emissões de gases geradores de efeito estufa. “Desejamos efetuar as compensações dos gases emitidos, através de utilização de combustíveis menos poluentes, manutenção rígida dos equipamentos e veículos, controle de emissão com indicadores mensais e análise de combustíveis”, explica Luiz Carlos Bellangero, responsável pelo departamento de Qualidade da Guindastes Tatuapé.
Programa já foi iniciado com monitoramento de toda a frota, manutenção rígida, análise de combustíveis e busca de alternativas para controle de emissões de CO2
Segundo ele, o programa foi desenvolvido internamente, e é voltado exclusivamente para a GuindastesTatuapé, mas o objetivo é o de compartilhar essa experiência com outras empresas que também estejam trabalhando nesse sentido. “Sabemos que o processo para atingir esse objetivo é bastante amplo. Mas já iniciamos os controles e desenvolvemos um sistema de um programa ainda embrionário, que necessita de alguns ajustes, que estão sendo realizados”.
No planejamento do “Programa Carbono Zero” foram identificados de antemão alguns pontos críticos para a geração de CO2. Tais como, equipamentos e veículos mais antigos, procedimentos de manutenção e qualidade do combustível utilizado. Este último, um desafio. Porque, mesmo com a orientação de sempre utilizar o melhor combustível, muitas vezes ele não está disponível em localidades mais distantes dos grandes centros. Também foi constatado que alguns veículos não estavam preparados para essas mudanças. “Eles necessitam de uma manutenção em menor espaço de tempo, pois as queimas de combustíveis diminuem a vida útil dos filtros em geral e geram dobro da poluição”, diz Bellangero. O “Programa Carbono Zero” foi iniciado em fevereiro de 2019, quando começaram a ser levantados os dados de consumo de combustível de equipamentos e veículos, e de quilometragem de viagens, inclusive aéreas, para posteriormente serem transformados em emissões de CO2. No mesmo sentido, começou o monitoramento de peças, materiais e produtos e, claro, da qualidade do combustível. Além dos procedimentos de manutenção – trocas de peças, filtros e sistemas de combustão, por exemplo – para verificar se estão alinhados com o objetivo proposto.
“Já estamos fazendo a captação e medição da emissão, e buscando um programa social para efetuar a transformação, que deverá ocorrer, até o segundo semestre deste ano, quando deveremos atingir nossa meta de carbono zero”.
Identificada a quantidade de CO2 produzida, o departamento de Qualidade da Guindastes Tatuapé aplica a fórmula do programa de compensação que foi elaborado no Protocolo de Kyoto – uma série de propostas e medidas que possam contribuir positivamente para o controle de emissão de gases, como o gás carbônico e o dióxido de carbono que podem gerar prejuízos à camada de ozônio. Bellangero lembra que a fórmula se baseia em quantidade de oxigênio produzida por árvores e quantas seriam necessárias para compensar essas emissões. Daí, empresas e ONGs especializadas transformam esse replantio em cotas denominadas Carbono Zero. “Estamos compilando os dados, para que, no momento e com o parceiro certo, façamos essa compensação”.
Ele reconhece que, além do grande apelo ambiental, o programa também pode representar um diferencial da empresa junto a contratantes “Buscamos parceiros que tenham o mesmo objetivo. Somos consultados por empresas que estão na mesma pegada e acreditamos que, sim, deve ser um diferencial. Temos o selo verde e entendemos que o “Programa Carbono Zero” pode ser um passo adiante em nosso compromisso com a sustentabilidade”.
Em relação aos custos, diz Bellangero, não há perspectiva de redução em um primeiro momento. “Todo processo de melhoria de manutenção, opção por combustíveis de alta qualidade e peças especiais sempre é mais dispendioso. Até porque o mercado ainda cobra um valor maior por produtos diferenciados, mesmo que agridam menos o meio ambiente. Um exemplo são os produtos orgânicos, que são mais caros que os inorgânicos”.
Um paradigma que só pode ser superado, segundo ele, pela visão empresarial, como a da Guindastes Tatuapé neste momento, de investir na sustentabilidade, com a certeza de que, a médio e longo prazos, reduzirá seus custos de manutenção e seus equipamentos terão uma vida útil de maior longevidade.
Segundo Bellangero, a diretoria não definiu um valor mínimo de investimento. Solicitou apenas que todas as compras sejam orçadas dentro do padrão de pelo menos três orçamentos do mesmo produto em fornecedores diversos, e que seja adquirido o melhor de menor valor.”Não serão repassados aos custos esses valores majorados e, para isso, foi aumentado o budget do departamento de manutenção”, explica ele.
O comprometimento, no entanto, é de toda a empresa. “Cada colaborador já tem seu programa de trabalho voltado a este objetivo. Foi determinado o envolvimento dos departamentos de compras, manutenção, almoxarifado, qualidade, diretoria, operadores e motoristas, no sentido de que esse projeto seja um sucesso, com a conscientização de todos os colaboradores”.
Embora diga que o “Programa Carbono Zero” é “um processo simples, que pode ser adotado por qualquer um”, o responsável pela área de Qualidade da Guindastes Tatuapé reconhece que as inúmeras certificações que a locadora possui contribuem para alavancar o programa. Cabe lembrar que a Guindastes Tatuapé é certificada nas normas ISO9001:2015, ISO14001:2015 e OSHAS18001:2007, conquistou o Selo verde, e, atualmente, está em busca da nova certificação ISO45000 (saúde e segurança do trabalho). “Sem dúvida, cada certificação tem seu objetivo especifico e a união das certificações nos empurra para uma melhoria, buscando sempre uma diferenciação e, nesta etapa, entendemos que a busca do Carbono Zero irá fortalecer ainda mais a certificação ambiental ISO 14001”.
A empresa, que atua no ramo de locação de equipamentos de içamento e movimentações de cargas, diz Bellangero, quer buscar competência, na redução de CO2, na esperança de poder fazer a diferença no ar e na respiração dos seres humanos, diminuindo o efeito estufa e dar sua parcela de contribuição no processo do carbono zero. “Dentro dos padrões apresentados nas estatísticas, somos considerados pequenos geradores, porém acreditamos que todos devam fazer suas contribuições em busca da melhoria da sustentabilidade. Se cada um de nós contribuir, teremos um objetivo único em benefício de todos”.